A Casa de Apoio Vovó Gertrudes é um espaço de cuidado integral, onde a dignidade, a empatia e o acolhimento andam lado a lado com o compromisso da AVOS de garantir equidade no acesso à saúde e à assistência social. Um verdadeiro lar temporário para quem mais precisa de amparo em um momento delicado da vida. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2025, mais de 70 mil mulheres realizam cirurgia de mama anualmente pelo SUS. A expectativa é que, com a nova lei, esse número aumente, reduzindo o tempo de espera e ampliando o acesso à reconstrução mamária e ao suporte psicológico. Além disso, o SUS deve garantir acompanhamento psicológico antes e depois da cirurgia, promovendo a recuperação física e emocional. O SUS já realizava a cirurgia de mama pós-mastectomia, mas a nova lei reforça e amplia o acesso, incluindo também a cirurgia de mama com prótese e técnicas menos invasivas, como a cirurgia de mama sem cicatriz.
As tradições espirituais foram consideradas como visão individual e operadas como uma força cultural, desenvolvendo e sustentando a conexão com a comunidade e com grupos de reforço espiritual, provendo oportunidade de dar e receber apoio social. As mulheres chinesas que dividiam conhecimento sobre ervas medicinais consideraram cuidar de outros como um bem-estar pessoal, e ajudar os outros como parte de viver com fé e maturidade espiritual. Os profissionais de saúde precisam ganhar compreensão cultural apurada sobre recursos baseados na espiritualidade, usados em enfrentamento e adaptação para sobreviventes de câncer avançado(23). A disponibilidade de certos recursos materiais, sociais e psicológicos pode ter um papel crucial na decisão do familiar tanto em relação à continuidade do cuidado em casa, quanto à efetividade do resultado.
O respaldo científico é de suma importância na compreensão de como a família pode e deve lidar com o doente, bem como, trabalhar o bem-estar deste e a melhor qualidade de vida da família como um todo. Essa visão contribui para um aproveitamento e desenvolvimento de novas estratégias que colaboram com outras famílias que passam por situações semelhantes (Oliveira et al., 2016). De acordo com Campos (2001), visões reducionistas do discurso sanitário promovido a partir da reforma do sistema de saúde brasileiro produziram uma infeliz separação da clínica com relação aos serviços substitutivos, como se ela necessariamente se opusesse à prevenção e produção da saúde. Defendendo que qualquer planejamento em saúde eficaz deve contar com uma interlocução clínica, esta autora advoga pela atribuição da responsabilidade à clínica ampliada de observar e cuidar tanto das necessidades epidemiológicas e sociais quanto das demandas dos indivíduos. Entende, assim, que os problemas de saúde, ainda que localizados em grupos e comunidades, se “encarnam em doentes concretos” (p. 99).
Quando falamos sobre o cuidado centrado na família, facilmente concordamos com seu conceito, as suas premissas fazem muito sentido intuitivamente para a maioria das pessoas. Porém, para que seja uma prática prevalente, é necessário não somente uma mudança comportamental do profissional, mas uma transformação nos processos que orientam a assistência, no sentido de reconhecer a família como central no cuidado ao paciente. O que requer um compromisso de longo prazo, ela está inserida em toda a jornada, não tem um destino. Ela precisa estar presente em todas as ações de cuidado, ter atenção e avaliação contínuas para que sejam exploradas novas formas de colaborar com pacientes e familiares. Generalizações, como a de que os pais sempre buscam o melhor para seus filhos, podem ser perigosas. A realidade da violência doméstica exige que os profissionais de saúde mantenham um olhar atento e protetor, priorizando sempre a segurança e o bem-estar do paciente.
Há uma constância de artigos que datam os anos 2007 a 2016, e frente a estes, estabeleceu-se uma reflexão mediante as características, problemas e estratégias que as famílias e doentes crônicos utilizam. O IBGE (2014) também aponta que as mulheres possuem mais diagnóstico de doenças crônicas, e estas acontecem em sua maioria após os 65 anos de idade; porém, desde os 34 anos já existe um percentual significativo de doença crônica em 14% a ser analisado nesta faixa etária. No contexto da família brasileira, a média desta idade corresponde tradicionalmente a mãe de família que trabalha fora de casa, trabalha em casa e cuida da família. Este perfil de doente tende a deixar a família “perdida” ao que se refere à busca e organização cotidiana do núcleo familiar.
O monitoramento contínuo pode ajudar a identificar a eficácia dos tratamentos e a necessidade de ajustes. Conversar com os profissionais de saúde sobre a evolução do quadro é essencial para garantir que a pessoa receba o melhor cuidado possível. Nos dias de hoje, compreender a importância do apoio familiar no tratamento de transtornos mentais pode transformar vidas. A união e a compreensão dentro de casa podem criar um ambiente propício para a recuperação e a construção de novas esperanças.
Os Desafios e Soluções na Recuperação de Transtornos Psiquiátricos
Existem no HD quatro modalidades de atendimento especificamente pensadas para a participação das famílias no tratamento (Guanaes-Lorenzi et al., 2012). Os grupos familiares ocorrem com a participação de pacientes, ex-pacientes e familiares e têm o objetivo de promover um espaço de diálogo entre equipe, pacientes e familiares acerca de temas que lhes interessem. Os grupos de cuidadores funcionam como espaço de apoio, acolhimento e orientação para familiares de pacientes atuais e daqueles em pós-alta.
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As famílias que estão passando pelo processo de cuidados paliativos frequentemente precisam de suporte emocional, informações claras sobre tratamento para drogados a condição do paciente, assistência prática para lidar com as demandas do dia a dia e apoio para tomar decisões difíceis. O apoio emocional e psicológico é uma parte fundamental dos cuidados paliativos, tanto para os pacientes quanto para suas famílias. A doença grave pode causar uma série de emoções intensas, como medo, tristeza, raiva e ansiedade. É importante que os pacientes e suas famílias tenham espaço para expressar essas emoções e recebam apoio para lidar com elas de maneira saudável. Praticar atividades que tragam prazer e relaxamento, como exercícios físicos, leitura ou hobbies, pode ajudar a manter a saúde mental em dia. Estar em um bom estado emocional permite que os familiares ofereçam um suporte mais efetivo a quem está passando por dificuldades.
Descrevemos como os sentidos construídos por familiares sobre sua participação no tratamento são diversos, e se referem a algumas formas de participação relacionadas às necessidades plurais dessas famílias. O presente estudo tem como interesse a participação da família no tratamento em saúde mental. Nesse cenário, observamos a convivência de discursos advindos de diferentes modelos de assistência, asilar e psicossocial (Costa-Rosa, 2000). Associados a diferentes entendimentos sobre família, adoecimento mental e tratamento, esses modelos implicam em formas de cuidado à família bastante distintas. O apoio emocional também é fundamental para as famílias dos pacientes em cuidados paliativos. Eles enfrentam desafios emocionais significativos ao lidar com a perspectiva da perda iminente de um ente querido.
Planos de saúde podem negar a cirurgia de mama?
A figura do manicômio ou hospital psiquiátrico é talvez a imagem mais lembrada quando se trata da temática da saúde mental. Por anos, o cuidado nesse campo teve como principal e, muitas vezes, única estratégia a internação integral dos pacientes gravemente acometidos por transtornos mentais. Esse modelo de assistência é conhecido como asilar porque era comum a internação dos pacientes para toda a vida, o que implicava em uma indesejada cronicidade das doenças e altos custos para a saúde pública (Costa-Rosa, 2000). No Recanto Renascer, reconhecemos a importância crucial da família no tratamento de transtornos mentais. Oferecemos vários serviços e recursos para apoiar as famílias, incluindo educação sobre transtornos mentais, orientação sobre como fornecer apoio de maneira eficaz, e grupos de apoio para familiares.
O apoio imediato, sem julgamento, faz toda a diferença”, afirma uma coordenadora clínica de uma unidade especializada no Sudeste. O grupo de apoio não é apenas um espaço para desabafar, mas também um local de aprendizado. “Quando as famílias aprendem a identificar os primeiros sinais de crise, podemos evitar internações dessas pessoas ”, explica Silvana. “Se a pessoa começa a ouvir vozes ou apresenta mudanças de comportamento, é possível intervir antes de um quadro mais grave”, acrescenta. Ela é mãe de uma jovem com borderline e entendeu que para ver a filha bem, também precisaria aprender a se cuidar.
Hospitais-Dia fazem parte da rede extra-hospitalar de assistência em Saúde Mental, oferecendo uma alternativa de tratamento voluntário intensivo e centrado na reabilitação psicossocial. Situam-se em um nível de assistência intermediário entre a internação e o atendimento ambulatorial. Influenciado pelos princípios da Comunidade Terapêutica (De Leon, 2003), o tratamento nesse tipo de instituição valoriza os vínculos e o convívio dos pacientes com familiares, profissionais e comunidade como forma de cuidado. A recente legislação sancionada em 2025 trouxe mudanças importantes para mulheres que precisam de cirurgia de mama.