Os cineclubes, portanto, contribuem para esse desenvolvimento crítico fundamentalmente por propiciarem a experiência de um cinema diferente do monopolismo de Hollywood e adjacências – e/ou do audiovisual televisivo. Idealmente, um cinema plural, de todo o mundo, do Brasil, com diferentes abordagens e perspectivas de linguagem, temática etc.
Em compensação o cineclubista Marco Moreira comenta que o trabalho do cineclube é de formação, e que muitas pessoas começaram a expressar sua opinião, quanto mais esta assistia a filmes. “O cinema americano sempre tomou conta do mercado, no meu tempo de juventude eram os faroestes, os musicais e os dramas.
Mas o cinema nacional também estava presente e filmes vindos de outros países como os filmes japoneses, alemães, franceses. Mas para você ver um filme desses quase sempre só é encontrado no cinema alternativo, com muita pouca variedade, muita pouca exceção”. Por meio desse olhar, que Coli adverte que a situação que recai sobre a arte, é claro, não é tão simples assim.
Ele reintegra que “o estatuto da arte não parte de uma definição abstrata, lógica ou teórica, do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, dignificando os objetos sobre os quais ela recai” (p. 11). Por isso que ao entrar em um cineclube, considerado então, como um cinema de “arte” cremos que naquele espaço poderemos encontrar filmes artísticos.
Como é que eu vou ver um filme do Alfred Hitchcock, em película, em Belém do Pará, em 2012? Em 1980 começou a acabar os cinemas de rua, e em 1990 veio o Moviecon que alugou os cinemas 1, 2 e 3, e começou a alugar os cinemas do Iguatemi. O Alexandrino chegou a ter os primeiros cinemas de shopping no antigo shopping chamado de Doca, e no Castanheira também. Mesmo no cinema comercial ele mandava buscar um cinema mais alternativo, um cinema difícil.
Essas mudanças ocorridas entre 1888 e 1930 são, de certa forma, consequência das crises capitalistas internacionais. A crise de 1929 e a I Guerra Mundial criam situações difíceis e de isolamento para o país, que até então é caracterizado basicamente como produtor e exportador de produtos agrícolas.
A partir de então começa a chamada substituição de importações, com o início do processo de industrialização e de uma maior urbanização nos grandes centros. Contudo, para implementar tal processo, o Brasil se insere no sistema capitalista internacional, onde suas relações são caracterizadas como de dependência.
História Do Cinema Brasileiro
O século XIX representou um tempo sinalizador para as mudanças culturais, em que a sociedade começa a se transformar com a chegada de novas tecnologias, industrialização e a consolidação dos grandes conglomerados urbanos. Com isso, o surgimento das cidades foi essencial para a percepção de comunicação de “massa” .
O Cinema Falado
A Rebellion, grupo de realizadores que saíram da Universidade da Califórnia em Los Angeles e transformaram o cinema negro dos Estados Unidos, e Kathleen Collins, diretora de Sem Chão, outro marco da produção afro-americana realizada na década de 1980.
Outra estreia importante na cidade é Mirante, longa-metragem experimental de Rodrigo John, que parte de um registro de mais de 10 anos das janelas de um apartamento no Centro de Porto Alegre. Completam a programação brasileira Branco Sai, Preto Fica, o híbrido entre documentário e ficção-científica de Adirley Queirós, e o retrato das indígenas do Alto Xingu As Hiper Mulheres, de Takumã Kuikuro, Leonardo Sette, Carlos Fausto.
Meios De Comunicação
Então eu vou absolver ela para mim, e eu saio daquele auditório, da sala do cineclube refletindo sobre coisas que eu ainda não havia pensado. É esse enriquecimento que acontece no debate pessoal, que eu acho que não acontece no debate virtual.
Com a modernização e com o surgimento de novas tecnologias, o mercado cinematográfico se popularizou e se populariza cada vez. Esta indústria de entretenimento em massa, segundo Napolitano apresenta alguns elementos importante de serem estudados, pois estes “transmitem ideologias e valores tanto quanto a trama e os diálogos explícitos” (2011, p.57). A noção de coletivo filmes torrent sempre foi uma característica intrínseca aos cinemas, sejam eles de rua, de shopping ou de galeria.
Toda a linguagem nova tem um risco de ser malfeita, mas pode ser bem-feita também. Filme de arte é aquele filme que não usa o cinema só para diversão, mas também para a reflexão. É muito famoso o Francis Ford Coppola que quase enlouqueceu fazendo ‘Apocalipse Now’”.
Na internet eu nunca vi ninguém pedir desculpa, porque tu estás sentado em frente ao computador na tua casa, e lá tu podes fazer o que tu quiseres. E no cineclube as pessoas têm um bom senso, porque está cara a cara, e na internet a pessoa está meio que protegida. Na verdade foi com o meu pai, que era louco por cinema, meu pai desde criança me levava para o cinema e começo a escrever sobre cinema bem novo, foi crítico de cinema, tinha um programa de rádio sobre o assunto.